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01/08/2017

Cefaleia em salvas

É um tipo raro de cefaleia (dor de cabeça) primária, caracterizada por dor intensa, unilateral, na região temporal ou ao redor de um dos olhos (sempre do mesmo lado), cuja duração varia de 15 a 180 minutos.
Junto com a dor, costuma ocorrer lacrimejamento do olho afetado, vermelhidão, queda da pálpebra, congestão nasal, inchaço do rosto. A dor é tão forte que a maioria dos pacientes ficam agitados, inquietos.
É uma dor muito mais comum em homens, que costuma ter início na idade entre 20 e 40 anos.

Essa dor tem relação íntima com nosso “relógio biológico˜, e uma característica interessante é que costuma ocorrer sempre nos mesmos horários, e na maioria dos casos é por volta das 2 horas da manhã, e sempre nas mesmas épocas do ano, geralmente outono e primavera. As crises podem acontecer desde uma vez a cada dois dias até mesmo 8 vezes por dia.

A Cefaleia em Salvas (CS) costuma ser desencadeada pelo uso de álcool, medicamentos vasodilatadores, histamina, aumento de atividade física e alterações emocionais; também parece ser mais frequente em pessoas com história de tabagismo.

Cerca de 10 a 15% dos pacientes têm sintomas crônicos, em que a dor ocorre por pelo menos um ano, sem remissão ou com remissões menores que 30 dias.

O tratamento da cefaleia em salvas é dividido em forma preventiva, terapia “ponte”, tratamento da crise, além de evitar fatores desencadeantes e conscientização sobre a doença e sua natureza cíclica.

Curiosamente, as crises de cefaleia em salvas melhoram com o uso de Oxigênio inalatório. Durante uma crise, pacientes com esse diagnóstico devem procurar um serviço de saúde para fazer uso de oxigênio. Além disso, medicações preventivas devem ser utilizadas para minimizar a frequência e a intensidade das crises.

O bloqueio anestésico do nervo occipital maior do lado em que a dor costuma ocorrer é uma opção simples e muito eficaz no controle da dor, pode ser feito em consultório e tem duração de algumas semanas, tempo suficiente para que a crise seja controlada com o tratamento escolhido.

Autoria: Dra. Priscila Colavite Papassidero
 

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