Neuro Pulse
Artigos
Artigos Recentes
-
06
outDia Mundial da Paralisia Cerebral
-
04
outNeuralgia pós herpética
-
04
outBloqueio anestésico de nervo craniano
-
06
agoEspasmo hemifacial
-
06
agoEspasticidade
-
05
agoDicas para cuidadores
-
04
agoBlefaroespasmo
-
03
agoAlterações de memória na doença de Parkinson
-
03
agoToxina botulínica na neurologia
-
03
agoNeuropatia diabética
01/08/2017
Distonia tarefa específica (“cãibra do escrivão”, entre outras)
1. O que é distonia tarefa-específica?
A distonia tarefa específica é um movimento involuntário ou postura anormal involuntária que acomete uma parte do corpo durante a realização de uma ação específica. O quadro mais comum é a “cãibra do escrivão”; caracterizada pela distonia que acomete a mão durante o ato de escrever. Em alguns casos a intensidade do fenômeno pode tornar a escrita impraticável. Outros quadros, no entanto, podem ocorrer: a “cãibra do digitador” se caracteriza pelo fenômeno ser desencadeado pelo ato de digitar no teclado do computador ou no teclado de uma máquina registradora. Outro exemplo é a “distonia focal do músico”: um pianista, durante a execução de uma música, passa a perceber que alguns dos dedos assumem posturas e movimentos involuntários.
2. O que causa a distonia tarefa-específica?
A causa da distonia tarefa-específica é desconhecida, mas parece haver uma predisposição da pessoa a desenvolver o problema em contexto do uso intenso, repetitivo e crônico de uma determinada parte do corpo em uma mesma tarefa. Estudos sugerem dificuldade na inibição de movimentos exagerados que; dentro do cérebro, são normalmente planejados junto com o movimento principal, mas que normalmente seriam filtrados e não interfeririam no movimento principal desejado.
3. Como a distonia tarefa-específica é tratada?
Para o tratamento da condição a terapia ocupacional pode ser útil ao auxiliar na mudança da estratégia de movimento a ser adotada pelo paciente. O uso de medicamentos orais pode ser útil como os fármacos com efeitos anticolinérgicos. Entretanto, devido aos efeitos colaterais, apenas alguns pacientes podem eventualmente se beneficiar dessa modalidade de tratamento. O uso da toxina botulínica em músculos previamente selecionados pelo médico é a modalidade de tratamento com melhor evidência científica de benefício no controle dessa condição. A escolha dos músculos a serem tratados é feita através do exame físico, podendo ser necessário em alguns casos o uso da eletroneuromiografia.