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02/08/2017
A enxaqueca crônica é caracterizada por crises de dores de cabeça que ocorrem em 15 dias ou mais por mês durante pelo menos 3 meses, sendo que pelo menos 8 dias essas crises preenchem os sintomas típicos de enxaqueca.
Atinge cerca de 2% da população mundial, e só no Brasil esse número corresponde a cerca de 4 milhões de pessoas. É uma doença altamente incapacitante, que piora a qualidade de vida e interfere na rotina pessoal e de trabalho, prejudica o convívio social, familiar e facilita a ocorrência de distúrbios de humor como depressão, ansiedade, além de insônia e alterações da memória.
A toxina botulínica tipo A foi aprovada em 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como tratamento preventivo das crises de enxaqueca crônica. Hoje é considerada terapia de primeira linha para pacientes portadores de enxaqueca crônica, podendo ser usada com terapêutica isolada em casos de pacientes que não toleram ou não respondem aos medicamentos via oral, ou em associação a estes para melhor eficácia do tratamento.
É injetada nas fibras musculares ao longo de 31 pontos distribuídos no crânio e musculatura cervical. A toxina botulínica interrompe a transmissão do sintoma doloroso pelo sistema nervoso central.
As aplicações devem ser feitas em intervalos de três meses; e a terapia tem se mostrado bastante eficaz na redução do número de dias de cefaleia, na duração das crises, na intensidade das dores e, principalmente, na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Autoria: Dra. Priscila Colavite Papassidero