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02/08/2017

Reabilitação em neurologia

1. O que significa reabilitação?
A reabilitação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS-2011), pode ser definida como um conjunto de medidas que ajudam pessoas com deficiência ou prestes a adquirir deficiências a terem e manterem uma funcionalidade ideal na interação com seu ambiente. A deficiência é a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função do organismo, de caráter temporário ou permanente, e que pode gerar uma incapacidade. A incapacidade é uma restrição da habilidade de desempenhar uma atividade normal para o ser humano. Tanto a deficiência quanto a incapacidade podem determinar uma desvantagem, que é o prejuízo sofrido pelo indivíduo e que limita o desempenho do seu papel social (OMS-1976).

2. Qual a importância das doenças neurológicas como determinantes de deficiência?
Doenças neurológicas como AVC, traumatismo cranioencefálico, traumatismo raquimedular, esclerose múltipla, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e outras demências, mielites (inflamações da medula espinhal), neuropatias periféricas, miopatias, entre outros; são determinantes importantes de deficiência e de suas consequências tanto no Brasil quanto no mundo. Essas doenças, seja pelo acometimento do controle dos movimentos em partes ou em todo o corpo, seja pelo acometimento da lucidez e raciocínio, se caracterizam pela perda parcial ou total da capacidade em realizar determinadas tarefas ou mesmo da capacidade de gerir a própria vontade. Frequentemente esses pacientes tem prejuízo em seu trabalho e passam a requerer de auxílio de terceiros (frequentemente a família) para auxílio em seu sustento e cuidados.

3. Como o neurologista pode auxiliar no atendimento humanizado dos pacientes com deficiência?
É recomendável que o neurologista esteja aberto a integrar de forma ativa o tratamento multidisciplinar do qual depende uma parcela significativa de seus pacientes. Esse tratamento compreende a participação de uma equipe multidisciplinar, que a depender do paciente em questão pode-se requerer a ação de um médico especialista em reabilitação (o fisiatra), de um fisioterapeuta, de um terapeuta ocupacional, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, assistente social ou fonoaudiólogo. Salienta-se que o trabalho em equipe não significa necessariamente a atuação em um mesmo espaço de atendimento, como em uma clínica especializada em reabilitação por exemplo. O mais importante é o estabelecimento de um canal de comunicação amplo entre os profissionais em relação ao atendimento do paciente em questão, com um plano terapêutico integrado.

Autoria: Dr. Márcio Alexandre Pena Pereira

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